Para alcançar o mais elevado nível de qualidade, os produtos cosméticos são fabricados de acordo com as boas práticas de fabrico estabelecidas na norma da Organização Internacional de Normalização – EN ISO 22716:2007. Esta norma, que é uma exigência para o setor, especifica os requisitos e fornece as orientações para a implementação das boas práticas, permitindo a flexibilidade necessária para a adaptação às diferentes realidades empresariais.

A indústria cosmética dedica especial atenção à qualidade microbiológica dos produtos cosméticos, em particular, daqueles que se destinam a serem aplicados à volta dos olhos e nas mucosas, ou por grupos específicos da população mais vulneráveis, como as crianças menores de três anos de idade, os idosos, as mulheres grávidas e em fase de amamentação, e as pessoas com uma resposta imunitária comprometida.

Os ensaios de controlo microbiológico estão padronizados e sujeitos a protocolos e normas de qualidade para a sua realização, com especial atenção às especificações microbiológicas destes produtos. A maioria dos cosméticos precisa de conservantes. Sem conservantes, os produtos cosméticos teriam de ser mantidos refrigerados e deteriorar-se-iam de forma semelhante aos alimentos perecíveis.

Para manter o mais elevado nível de qualidade, garantido à saída da fábrica, ao longo de toda a cadeia de distribuição, até à sua utilização, os produtos cosméticos são submetidos a estudos de estabilidade. A informação obtida a partir destes estudos permite avaliar a eficácia do sistema de conservantes e determinar a data de durabilidade mínima, ou seja, a data até à qual o produto cosmético, se armazenado e transportado em condições adequadas, continua a desempenhar a sua função inicial e permanece seguro.